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Flávio Bolsonaro vai ao TCU pedir suspensão da licitação de publicidade do governo Lula

Senador indica possibilidade de promoção da ‘imagem pessoal’ do presidente

Flávio Bolsonaro, senador pelo PL-RJ, solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) que realize uma investigação e interrompa o processo de licitação orquestrado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Este processo tem como objetivo a contratação de agências de publicidade, com um custo estimado em R$ 197 milhões.

O senador sugere um suposto privilégio para empresas e a possibilidade de utilização dos contratos para a “promoção da imagem pessoal” do presidente Luiz Inácio da Silva (PT).

Na quarta-feira 24, a Secom divulgou os ganhadores da licitação, iniciada em janeiro deste ano, para a contratação de quatro agências de publicidade responsáveis pelo gerenciamento das redes sociais do governo federal. Na quinta-feira subsequente, informou sobre a desqualificação de duas companhias.

Flávio Bolsonaro questiona o resultado antecipado da licitação e a “perseguição” a perfis nas redes sociais.

Flávio alega na representação contra Lula e o ministro da Secom, Paulo Pimenta, que os contratos podem ter sido utilizados para promover a imagem do presidente. Ele também menciona que a imprensa teria antecipado o resultado da concorrência um dia antes do anúncio oficial dos vencedores. A justificativa para essa alegação é que o site O Antagonista divulgou em uma matéria na quarta-feira que já conhecia os vencedores desde terça-feira, dia 23.

Flávio Bolsonaro pede ainda uma investigação sobre a suposta “perseguição” a rivais políticos através do serviço das empresas. O senador chama a atenção para “Outro fator que chama atenção e necessita da devida averiguação por parte de Vossas Excelências diz respeito à alínea b do item 2.1 do edital, no qual se observa que as agências serão contratadas para efetivar medidas que impliquem na ‘moderação de conteúdo e de perfis em redes sociais’, o que sugere a instituição de um provável ‘Gabinete de Perseguição’, com o propósito de alguma forma monitorar opositores políticos para possibilitar algum tipo de represália”, conforme mencionado na sua apresentação ao TCU.

As agências vencedoras da licitação

As empresas que ocuparam as quatro primeiras posições na avaliação das propostas técnicas foram a Usina Digital, Área Comunicação, Moringa L2W3 e o Consórcio BR e Tal, que é formado pela BRMais e a Digi&Tal.

Após a abertura dos envelopes e a revelação da classificação inicial, a Moringa L2W3 e a Área Comunicação foram eliminadas, pois não forneceram todos os documentos solicitados no edital. Ambas não apresentaram “atestados” suficientes para validar suas capacidades técnicas e a Moringa também não disponibilizou seu balanço no “Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf)”.

A IComunicação e a Clara Digital, que ocuparam a quinta e sexta posição na classificação técnica, substituíram as agências. Essas duas empresas não são mencionadas no documento que o senador apresentou ao TCU. Cada uma das quatro agências deverá receber aproximadamente R$ 49 milhões de contratos de um ano, com a possibilidade de prorrogação.

A nova estratégia do Palácio do Planalto para aumentar os índices de popularidade do governo Lula, que estão em queda de acordo com pesquisas realizadas desde o início deste ano, é a transformação na comunicação digital do governo. O presidente já expressou várias vezes, até mesmo publicamente, sua insatisfação com a falta de reconhecimento das “boas ações do governo” entre a população. A Secom não comentou sobre a representação de Flávio Bolsonaro. As informações são da Revista Oeste.

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