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Ex-militante sem-terra desafia MST e PT em CPI

“Quero que a direção do MST chegue aqui e diga que eu não existo”, disse Vanuza Souza, ex-acampada no sul da BA; “ou você vota no PT ou você perde a terra”

Durante sua participação na CPI do MST, Vanuza Souza, ex-militante do movimento sem-terra que viveu no Acampamento São João, localizado no sul da Bahia, apresentou diversas denúncias contra o PT e o próprio movimento.

Vanuza acusou o MST de maus-tratos contra ela e seus filhos, inclusive uma menina de quatro anos que, segundo ela, “hoje está com graves problemas psicológicos”. “E vocês dizem que vocês fazem movimento social? (…) Quero que a direção do MST chegue aqui e diz que eu sou fake news, que eu não existo”, desafiou.

A ex-militante ainda rebateu acusações de que seria “bolsonarista” (“por sorte ou azar de Bolsonaro, eu nunca votei nele”) e cobrou o deputado Valmir Assunção (PT-BA), ligado ao MST: “Teve meu voto desde o primeiro mandato. E você nunca me representou”.

Vanuza Souza disse ainda nunca ter tido a liberdade de votar em siglas que não o PT (“ou você vota no PT ou perde a terra”), chamou o movimento sem-terra no sul da Bahia de “criminoso” e afirmou não ter ido à CPI para difamar o MST, mas sim “pela minha honra, minha honestidade”.

Também sobrou para os deputados da comissão. “Olhei pra cara de vocês e vi a cara de demagogia dos representantes do meu país”, disse a ex-militante. Durante o depoimento de Vanuza, foi exibido um vídeo que ela gravou alegando ter sido espancada em um assentamento. “Posso não morrer agora, mas estou toda machucada”, diz ela na gravação.

Esse é apenas um dos depoimentos de ex-militantes sem-terra ouvidos pela CPI hoje. Na semana passada, a comissão tomou o depoimento de José Rainha, ex-líder do MST que hoje comanda a Frente Nacional de Lutas (FLN). As informações são de Oantagonista.

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